Hoje, aqui nesta avenida,
Vamos cantar Macunaíma,
O Grande Mal desta vida.
Cantemo-lo em prosa e em rima.
Refrão.
E os males do Brasil são
Muita saúva e pouca saúde
Em nosso peito varonil.
Precisamos tomar uma atitude
Pra não morrer que nem o Henfil.
Este canto eu sei que há-de
Expressar toda beleza,
A qual Mário de Andrade
Expôs com tanta clareza.
Refrão.
O Grande Mal é bonito;
Mas não escutam seu grito
De tifóide amor febril.
E mesmo com sono ou insônia,
Deixou seu berço, a Amazônia,
E foi conhecer o Brasil.
Refrão.
Ao banhar-se na fonte, o herói
Livrou-se de algo que dói:
Ser um preto tupiniquim.
E disse; “que eterna ventura
Pertencer à ‘raça pura’,
Ser tão branquinho assim...”
E lá seguia avante o deus Macunaíma, o Grande Mal, criando a todo momento vegetais, bichos, homens e tudo o mais que enfeita o mundo! E chegou a São Paulo, o buraco de formigas! Alo encontrou o gigante Pietro Pietra, o qual lhe presenteou a barriga da perna como um petisco! VOMITOU TUDO!! VOMITOU TUDO!!
Refrão.
Deixando as lendas de lado,
Falemos de algo que exista:
Economia de mercado
Com dialética marxista.
Refrão.
O certo é que Macunaíma,
Este deus nem tanto hermético,
Se agora anda por cima
É porque é dialético.
Refrão.
Se vem de baixo ou de cima,
Se ele é bom ou ruim,
Não importa, pois Macunaíma
É o Baal tupiniquim.
E VIVA MACUNAÍMA!!
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