Amarga lembrança a da doce amizade
Que a minha ambigüidade matou.
Só dor, tristeza e saudade
Foi tudo o que dela restou.
Era-me aquela amizade tão doce
Quanto o doce mel oculto.
Eu a tinha como se fosse
A santa, a imagem do culto.
Quando digo que tenho saudade
De tanta fraternidade,
De tanta consideração
- Ah, seja perdão o que peço! -,
Lamento o que perdi e confesso
A dor do meu coração.
Voava reto pelo céu sem fim
Meu sonho alegre, ontem, sem estorvo,
Mas ao perder uma amizade assim,
Amargou-se o cálice que nest´hora sorvo.
E jamais tornou o meu sonho, em mim,
A voar tão reto quanto voa o corvo.
28 de dez. de 2009
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