Dor que funde os elementos d´alma!
Seu rugir é como o Avatar da Glória!
Morre em meu peito a hedionda calma
Do estupor desta abominável História.
Em minha ousadia de pecador constante,
Rasgo o véu tão delicadamente tecido
Pelos dedos d´Ele neste mundo alucinante.
Enredo confuso, não me deixe entristecido...
Onde é que jaz a calma d´antanho?
Meu coração vagueia qual vaca brava
Por entre urros de som tamanho
Como o da alma quando se lava.
E neste estupor que minh´alma arregaça
Fica um alento – nobre, sabe? – eu sei:
Fruir da dor desta atroz desgraça
Os benesses desta intrincada Lei...
Viver... viver... que fado me olha?
Qual o regaço que me conçola na vida?
Dorme, meu sono, na lágrima que molha
O rosto da prostituta que vice esquecida...
Deus... dor que dilacera este peito me!
Meu urro é luz; meu pranto, graça...
Releve a dor de quem aqui sofreu,
Mas nunca maldisse a desgraça...
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