É minha a queixa do sisífio obreiro:
“– És justo onde, labor que me esmagas?
És justo onde, exator das fragas
Dos penhascos do mundo inteiro?”
“– Por que lamentas?” murmureja amena
Voz de um timbre tão inusitado,
Que se distante o meu plexo cansado
Do delator que de contínuo condena.
“Se já te cansa de tão duras lides,
Por que não te lembras do teu primo amor?
Por mais ingente o esforço que tu envides,
“A vida é sempre, sempre vão labor.
Mas disto é bom que nunca tu te olvides:
Eu sou o bálsamo que mitiga a dor...”
5 de jan. de 2010
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